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sábado, 26 de dezembro de 2009

Um dia depois do Natal

Já é a décima vez que você vizualiza o seu perfil no Orkut em menos de uma hora. São abas perdidas no navegador: Orkut, Twitter, e-mail e alguns vídeos em carregamento. Batem as 13:07. Bate junto a fome. É hora do almoço.

Você se despede das 4 pessoas com quem conversava simultaneamente no MSN e do pessoal do Twitter. E sai com a sensação de que está esquecendo alguma coisa... mas deixa pra lá.
 
Chega na cozinha, abre a geladeira e encontra podres o couve-flor e a beringela que tinha comprado para fazer uma "comidinha mais saudável". "Depois eu jogo", você pensa. Vai então ao armário. "Ah! Macarrão instatâneo! Ainda tem dois pacotes".

Terminada a refeição, você parte para a TV. "Incrível! 130 canais e nada que preste! Êpa! Que é isso? 'Tudo o que você precisa saber sobre sexo oral" Tá! Gostei...".

O resto do seu dia se intercala em TV, computador, comer e ir ao banheiro. Até que você dorme enquanto passa um episódio repetido de House.

Quanto dias vão ser iguais a este? Onde está sua família? Onde estão seus amigos? Você crê em Deus? Ou Ele é pra você aquele velho barbudo sentado numa poltrona no céu, fazendo da vida das pessoas um Show de Truman?

Você não acha que podia fazer coisa melhor? Sabia que enquanto você está com seu traseiro entranhado nessa cadeira milhares de pessoas passam fome, agonizam em leitos e morrem em guerras?

Você acha que a vida não tem sentido; nem a sua, nem a de ninguém, por isso não faz questão de fazer nada para mudar as coisas. Se há sofrimento é melhor morrer, não é? Você evita pensar nisso porque tem medo. Medo de enlouquecer... ou de fazer algo trágico. Afinal, enquanto houver refrigerante de laranja e seu órgão sexual estiver funcionando ainda vale a pena viver.

Quando acabar tudo isso o que você vai pensar? Que você vai fazer?

Alguns falam "pra que viver se vamos morrer?" E eu pergunto "por que morrer se podemos viver?".

Sim, podemos viver. Em ambundância... e eternidade. Podemos porque Deus não é como você. A humanidade fez porcaria e podia se arrombar sozinha, e não era problema dEle. Ele podia ter deixado pra lá. Não faria um pingo de mal ou de dor para Ele, pois é onipotente e invencível, não é? Mas, num paradoxo de poder, Ele decidiu que poderia sentir aquilo que não podia sentir e levantou-se de sua poltrona celeste para descer ao mundo degradado pelas criaturas. O próprio Deus, ao ver a situação do mundo, decidiu não ficar parado diante do seu painel universal e fez mas que agir de lá e meteu-se no lixo e na guerra para resgatar as ovelhas perdidas.

Tá ligado naquela festinha dos últimos dias? Aquela festinha que já está perdendo a graça chamada Natal. É isso que ela celebra, meu amigo: a descida de Deus dos "altos céus" aos estábulos imundos da Terra.

Ele estende a mão para você agora e chama: "vem comigo, levante também!". A poltrona do céu ficou vazia, porque Deus se levantou dela para esvaziar as poltronas da Terra.

Pois então, a decisão é sua. Talvez seja a última chance, a última chance para que a morte não o impeça de viver.

 
Este post se encontra também no blog o Oitão.

1 comentário(s):

Vinícius

Esse texto faz nós refletirmos sobre o que nós fazemos diariamente e isso faz com que nós possamos escolher qual o melhor rumo que devemos seguir.

Parabéns !!!

Vinícius : )

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